Dom Orani declara aberto o 7° Muticom

“Que o Cristo Redentor de braços abertos, derrame suas bênçãos sobre as nossas atividades”. Com estas palavras, Dom Orani João Tempesta declarou oficialmente aberto o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação. O Arcebispo do Rio de Janeiro também lembrou que o Mutirão é um espaço de plantio para chegar a uma ótima colheita.

A solenidade de abertura do Muticom começou com o Hino Pontifício e Nacional, entoados pelos Arautos do Evangelho. Em seguida, alunos do Colégio Notre Dame desfilaram com as bandeiras dos estados brasileiros, ao som de Aquarela do Brasil. O objetivo foi demonstrar que o Muticom acolhe os representantes de todos os estados brasileiros.

Após Dom Orani abrir as atividades, os demais componentes da mesa disseram algumas palavras de boas vindas aos presentes. O primeiro a falar foi Dom Claudio Maria Celli, Presidente do Conselho Pontifício de Comunicação. Ele desejou a todos um frutuoso mutirão e manifestou a alegria de estar no evento. Em seguida, Dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão Episcopal de Comunicação da CNBB, recordou as palavras do Papa João Paulo II "Não tenham medo de Cristo. Ele não nos tira nada, ele nos dá tudo.

O Reitor da PUC-Rio, Padre Josafá Carlos de Siqueira, deu as boas-vindas aos presentes e falou sobre o papel da universidade de aperfeiçoar não apenas técnicas, mas os valores.

- Que os valores do Evangelho de Jesus Cristo acompanhem nosso processo comunicativo, destacou o padre.

O Cônego Marcos William Bernardo, Vigário Episcopal para a Comunicação Social da Arquidiocese do Rio de Janeiro, salientou que a realidade da comunicação não deve ficar distante do homem comum:

-Vamos refletir a comunicação enquanto um dado que constitui a vida, a existência. Parar, analisar, refletir e abrir o nosso coração para que Deus faça parte dessa vida, dessa comunicação, afirmou.

O Coordenador Geral do Muticom, Padre Omar Raposo, acolheu os participantes cantando o hino oficial do Mutirão. Por fim, o coordenador acadêmico do evento, professor Miguel Pereira, recordou que quanto mais nos comunicamos e comungamos uns com os outros, mais a sociedade será melhor.

-Temos que nos colocar no papel e na função de aprendizes e ouvintes, sugeriu o professor.

Em seguida, um grupo representando o último Mutirão de Comunicação, realizado em Porto Alegre, entregou para Dom Celli e a Dom Orani, um livro com todo conteúdo do último evento, em sinal de unidade e comunhão.

1° Conferência abordou tema do Muticom

A primeira conferência do 7° Mutirão foi realizada logo após a solenidade de abertura. Monsenhor Dario Viganò, professor da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, falou sobre o tema do Muticom: “Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidades”.

Monsenhor Dario fez uma síntese de como é a imagem da Igreja nos dias de hoje. Ao iniciar sua explanação, explicou o conceito de audiência e público.

- Na realidade não existe mais "o" público das mídias, mas os numerosos e diferentes públicos. Precisamos estar cientes de que precisamos de uma linguagem jovem e diversificada, disse.

Ele mostrou como a Igreja Católica, no contexto das transformações culturais, pode fortalecer sua identidade institucional e sua missão evangelizadora para comunicar sua mensagem para os homens e mulheres que vivem na chamada cultura midiática.

Monsenhor Dario falou ainda da importância da Igreja está presente nas Redes Sociais, como uma forma de dialogar com todo o “público”.

A imagem da Igreja voltará a ser discutida no painel de segunda-feira, cujo tema central é “concepção, filosofia, estruturas e modalidades da Comunicação na Igreja e a imagem da Igreja na mídia”.

A primeira noite do Muticom foi encerrada com a música e animação típica dos cariocas. A apresentação da Banda Fuzibossa, formada por músicos do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira, empolgou os participantes pelo repertório diversificado, que foi da bossa nova ao forró.



Leanna Scal e Alessandra Cruz
Foto: Gustavo de Oliveira